quinta-feira, 3 de maio de 2012



Ficha:
The Avengers
EUA , 2012 - 142 min. 
Ação/Aventura
Direção: 
Joss Whedon
Roteiro: 
Zak Penn, Joss Whedon
Produção Executiva
Avi Arad, Chris Brigham, Louis D´Esposito, Jon Favreau 
Classificação Etária: 12 anos
Produção:
Kevin Peige
Elenco: 
Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson,
Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Clark Gregg, Cobie Smulders, Stellan Skarsgård, Samuel 
L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany, Alexis Denisof, Tina Benko
Em contraste com o cinema focado em um ou dois personagens, o filme-coral dá a vários protagonistas aproximadamente o mesmo tempo de tela e importância dramática. Esse formato é mais comum na televisão, já que garante aos roteiristas tempo para trabalhar isoladamente cada personagem, por episódio.Ainda que tenha pouquíssima experiência no cinema como diretor, Joss Whedon conhece muito bem como trabalhar múltiplos protagonistas nas telinhas. Em séries criadas por ele, como Buffy - A Caça-Vampiros, Angel Firefly, Whedon explorou universos fantásticos sob o ponto-de-vista de distintos guias, mas sempre mantendo o foco em uma linha narrativa principal. Sua escolha para a primeira grande fusão de séries nos cinemas em Os Vingadores - The Avengers (2012), portanto, não poderia ter sido mais inspirada.Com a experiência da TV, ainda que sob o tempo exíguo das produções comerciais de Hollywood, o diretor - que também trabalhou o roteiro do filme - soube como manejar as participações de cada um de seus superprotagonistas, dando a eles funções específicas dentro da trama de Os Vingadores. Junta-se a essa habilidade o fato de que Whedon é um tremendo nerd: conhece cada um dos seus jogadores e trafega com desenvoltura pelo universo dos super-heróis. São dele, por exemplo, os primeiros arcos de uma das mais empolgantes séries em quadrinhos dos mutantes da Marvel, Os Surpreendentes X-Men.Lendo a HQ, fica fácil entender como ele conseguiu o emprego na cobiçada superprodução do Marvel Studios. Já estava tudo lá: o equilíbrio entre o tempo de cada herói, a ação desenfreada e imaginativa, a história central que mistura relações humanas e um desafio mortal, e os momentos de pura paixão nerd. Obviamente, havia a dúvida se Whedon conseguiria levar sua experiência na TV e HQs para o cinema, já que o único filme que havia dirigido até então era Serenity (2005), uma adaptação para a tela grande da série Firefly.Felizmente, o roteirista experimentado provou-se à altura do desafio. Ainda que seja um tanto pasteurizado em termos estéticos (não diferindo de qualquer outro blockbuster de grande orçamento da última década), Os Vingadores é perfeitinho dentro de suas pretensões. É, afinal, um filmão da Marvel - e como tal, obedece a cinco décadas (!) de tradição da chamada "Casa das Ideias". Não deixa de ser, assim, uma versão modernizada da primeira aventura dos Vingadores, de 1963: nela, heróis solitários se reúnem - depois de algum desentendimento gerado pelo inevitável conflito de egos que acompanha grandes seres - para enfrentar uma ameaça comum, engendrada pelo manipulador, ganancioso e inescrupuloso vilão Loki.Em espírito, o filme é idêntico à HQ criada por Jack Kirbye Stan Lee. Com fãs apaixonados como Whedon e o presidente da Marvel, Kevin Feige, no comando, não poderia mesmo ser diferente. É curioso notar como o Agente Coulson - personagem criado especificamente para o cinema, interpretado por Clark Gregg -, é uma maneira desses executivos/realizadores/fãs se colocarem ali, no meio da ação. Coulson, que se revela nerd, é fundamental na união dos Vingadores, assim como o foram Whedon e Feige.Para quem, como eu, cresceu lendo essas histórias e acompanha o Universo Marvel como um casamento de décadas (nos bons, maus e péssimos momentos), portanto, ver a reunião das franquias Homem de FerroThorCapitão América e Hulk é uma vontade realizada. E vê-la BEM realizada, um deleite. Cenas específicas apelam à memória emotiva e ajudam a relevar, sem qualquer esforço, pequenos problemas, como o primeiro ato, que é bastante arrastado em comparação ao explosivo e superelaborado clímax (Michael Bay poderia aprender aqui uma lição de como concatenar personagens e focos de ação distintos em um todo coeso).Mas mesmo nas longas sequências em que pouco acontece e a trama embola um pouco (também um tradição de Stan Lee, o mais verborrágico de todos os quadrinistas), há o que se desfrutar,  como Robert Downey Jr., a cola que une o grupo, em cena nas melhores interações com o elenco, em especial o novato na série Mark Ruffalo. Os debates entre os dois cientistas (Tony Stark e Bruce Banner) e entre ele e Tom Hiddleston (fantástico como o Loki e muito mais à vontade que em Thor) são tão divertidos quanto a invasão da armada alienígena que aflige Nova York ao final.Um filme de ação bem estruturado, que explora os pontos fortes de todo seu elenco e dá ao fã - leitor ou novato, que conheceu esse universo no cinema - exatamente o esperado, Os Vingadores - The Avengers entra desde já como mais um marco na celebrada história da Marvel. Só nos resta torcer para que demorem algumas décadas para que as famosas burradas editoriais da empresa cheguem às telas. Por enquanto, os Agentes Coulson por aí agradecem!Crítica Omelete
Amei totalmente!!! Outro filme que não posso falar, pois sou muito viciada também. Mas para encurtar o papo, ASSISTAM ESSE FILME! 


quarta-feira, 28 de março de 2012

Filme:: Jogos Vorazes

Ficha:

Hunger Games 
EUA , 2012 - 142 min. 
Ação / Drama / Ficção científica
Direção: 
Gary Ross
Roteiro: 
Billy Ray, Gary Ross, Suzanne Collins
Produção Executiva
Robin Bissell, Suzanne Collins, Louise Rosner 

Classificação Etária: 12 anos
Produção
Nina Jacobson, Jon Kilik 
Elenco:
Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Stanley Tucci, Wes Bentley, Willow Shields, Liam 
Hemsworth, Woody Harrelson, Toby Jones, Elizabeth Banks, Donald Sutherland, Lenny 
Kravitz, Sandra Ellis Lafferty, Paula Malcomson, Rhoda Griffis, Sandino Moya, Raiko 
Bowman, Dwayne Boyd, Anthony Reynolds, Judd Lormand, Kimiko Gelman, Nelson Ascencio, 
Brooke Bundy, Amandla Stenberg, Dayo Okeniyi, Leven Rambin,Jack Quaid, Latarsha Rose, 
Alexander Ludwig, Isabelle Fuhrman, Ian Nelson, Kalia Prescott, Ethan Jamieson, Jacqueline 
Emerson, Mackenzie Lintz, Annie Thurman, Dakota Hood, Amber Chaney, Karan Kendrick, 
Shane Biseell, Katie Kneeland, Steve Coulter, Sharon Morris, Tim Taylor, John Ross, Phillip 
Troy Linger
Os fãs frequentemente reclamam quando estúdios e mídia tentam vender novas franquias como "a mania que vai substituir Crepúsculo", ou "o próximo Harry Potter". A comparação, porém, é lógica no que diz respeito à estrutura. A máquina hollywoodiana sabe embalar apenas determinados tipos de produtos - daí certos filmes, que não se enquadram muito bem em gêneros conhecidos, terem dificuldade de execução e distribuição - e qualquer adaptação de grande orçamento de obra infanto-juvenil, como é o caso de Jogos Vorazes (Hunger Games, 2012), cairá nos processos conhecidos da indústria, desejosa do próximo grande sucesso de bilheteria.A comparação é injusta, no entanto, quando analisamos o conteúdo de obras tão distintas. De todas essas grandes franquias recentes, a primeira adaptação da trilogia literária de Suzanne Collins é a que tem conteúdo mais contestador, com inspirações em grandes obras distópicas como Admirável Mundo Novo, 1984 e, nos próximos livros, até Fahreinheit 451. Discussões sobre a autoridade, culto a celebridades, obediência, poder e controle estão em pauta na história que se passa nas ruínas futuristas da América do Norte, dividida em uma capital e 12 distritos.Na trama, depois de uma tentativa de revolução, décadas antes, a Capital passou a exigir de cada distrito um tributo na forma de dois jovens - um garoto e uma garota - entre 12 e 18 anos, para competir no reality show de sobrevivência que dá nome ao filme. Eles devem enfrentar outros 22 concorrentes até a morte, em uma arena controlada pelo governo. O vencedor garante para seu distrito um bônus em suprimentos e regalias pelo próximo ano. A trama acompanha uma dessas jovens, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), adolescente de 16 anos que se oferece para lutar no lugar da irmã, sorteada pelo distrito.Ainda que guarde semelhanças também com Battle Royale, filme hiperviolento japonês - mais especificamente a batalha entre jovens até a morte -, a adaptação de Jogos Vorazes (que, diferente do livro, abandona o foco exclusivo em Katniss e revela os bastidores do controle governamental) distancia-se de qualquer comparação recente pelos questionamentos e por não usar o espetáculo como fetiche. Afinal, não é empolgante ver o embate dos jovens na arena, mesmo que alguns deles, os mais aptos, tenham se oferecido para estar ali e desejem as glórias do combate. Os oponentes de Katniss, assim, não são os demais competidores, mas as forças por trás dos jogos. O diretor Gary Ross (Seabiscuit) opta até por um estilo de câmera e edição nas cenas de ação que se desvia elegantemente da barbárie, dando vislumbres dela, mas tirando das cenas o impacto gráfico que poderia torná-las fetichistas (e, obviamente, tornam o filme comercialmente viável em termos de classificação indicativa).No centro de tudo, Jennifer Lawrence está à altura do desafio. Depois de excelentes atuações em filmes como X-Men Primeira Classe, Inverno da Alma e Like Crazy(infelizmente ainda inédito por aqui), a atriz traz Katniss à vida com o equilíbrio perfeito de fragilidade e determinação. E ela está cercada por ótimos nomes, comoStanley Tucci, Wes Bentley, Woody Harrelson, Toby Jones, Elizabeth Banks e Donald Sutherland. A única contratação infeliz foi a do músico Lenny Kravitz, incapaz de atuar, para um dos papeis mais importantes fora do combate, o do figurinista Cinna.Até no obrigatório romance o filme vai bem, já que o interesse dos personagens dá margem a questionamentos. Estaria Peeta Mellark (Josh Hutcherson), o companheiro de distrito de Katniss nos jogos, fingindo sua afeição ou seu interesse é verdadeiro? Estaria Katniss sendo usada? Em tempos de lições de submissão professoradas por vampiros e lobisomens, ver uma personagem feminina forte - seja portando um arco e flecha ou suas ideias - protagonizando um filme de grande público jovem, faz pensar que nem tudo está perdido.
Crítica Omelete 
Eu sou meio suspeita de falar, mas esse filme é o mais maravilhoso que já vi! A coisa mais perfect que vi nos últimos tempos... tanto que fui na estreia e no dia depois da estreia, além de ter conseguido 4 posteres e já vou gastar mai R$ 30,00 comprando o resto dos posteres e mais uns R$ 20,00 comprando o broche da Katniss, voltando ao filme... eu totalmente digo qu vocês precisam assistir, esse filme vai fazer você querer ver o próximo, Em Chamas, que aliás, já tá rolando briga sobre quem vai ser o Finnick. 
Ok! O filme é muito bacana as cenas de ação foram no modo correta, e não extravagante pra chamar atenção, os efeitos são bacanas e tals, e se você prefere personagens do mal, como eu, vai gostar do cato e se preferir românticos na medida para todas as garotas, vai amar o Peeta, e talvez o Gale.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Filme:: Poder sem Limites

Ficha:

Chronicle 
EUA , 2012 - 84 min. 
Ação
Direção: 
Josh Trank
Roteiro: 
Josh Trank, Max Landis
Produção Executiva:
James Dodson 
Classificação Etária: 14 anos
Elenco: 
Dane DeHaan, Alex Russell, Michael B. Jordan, Michael Kelly, Ashley Hinshaw, Bo Petersen, 
Anna Wood
É ótimo quando um gênero tradicionalmente avesso a novidades consegue entregar um filme surpreendente, que deturpa suas regras (ou expectativas). Poder Sem Limites(Chronicle, 2012), do diretor estreante no cinema Josh Trank (que co-escreveu o roteiro com Max Landis), é um desses casos.
A produção emprega a estética da filmagem em estilo documental amador. Câmera na mão, tremida, operada pelos atores... normalmente uma muleta safada para justificar o baixo orçamento aliado a um suposto realismo que já não impressiona mais ninguém. Aqui, porém, a surpresa vem justamente do fato da estética ser uma opção e não uma máscara que encobrirá os defeitos e carências.
Poder Sem Limites, afinal, funcionaria como uma produção convencional. Mas a filmagem inicialmente amadora, com quadros que cortam as cabeças dos atores (que abundam no primeiro ato), dá uma proximidade que ajuda a entender os personagens. Andrew Detmer (Dane DeHaan), o principal deles, é o típico esquisitão nerd do colégio e lembra bastante o adolescente que filma sacolinhas esvoaçantes em Beleza Americana (tem até o problema com o pai). Seu primo metido a filósofo, Matt (Alex Russell), e o atleta Steve Montgomery (Michael B. Jordan), são mais populares, mas igualmente estereotipados dentro do universo das "High Schools" dos EUA que estamos tão habituados a ver nos cinemas.
A ação começa quando os três, durante uma rave, encontram um estranho buraco que leva a um artefato subterrâneo. Banhados por sabe-se lá o quê, eles começam a desenvolver poderes telecinésicos. O filme aí vira uma espécie de Jackass, com os moleques treinando suas recém-descobertas capacidades da maneira mais pueril possível: aplicando pegadinhas, se jogando coisas na cara, levantando a saia das meninas... exatamente o que adolescentes desmiolados fariam se tivessem tal oportunidade.
O desenrolar dos fatos é natural, verossímil e divertido - e a cinematografia acompanha. Conforme eles refinam seus poderes, começam até a manipular a câmera e o filme vai ganhando mais qualidade. Surgem também os efeitos especiais - ótimos - e fica claro que não estamos perante de um Atividade Paranormal 2, mas de algo mais perto de outro bom expoente do gênero, Cloverfield - O Monstro. E quando o clímax chega, fica a dúvida se a Warner Bros. precisa mesmo realizar uma adaptação para as telonas deAkira. A influência do animê e mangá de Katsuhiro Otomo é clara no trabalho de Trank, que a utiliza misturando câmeras de segurança, filmagens de celular, de notíciários em uma explosão de ação totalmente inesperada.
Ainda que pareça um pouco barata a princípio, a filosofia também tem papel importante no filme e revela-se, no decorrer da trama, mais que uma alegoria de diálogo. Matt começa discutindo o papel do indivíduo na sociedade, favorecendo o eu em detrimento do todo, mas logo abandona essa ideia, partindo para uma abordagem menos romântica do tema - ainda que prática e fundamentada. Andrew, por sua vez, tem problemas em lidar com seu superego. Há estofo e embasamento na história e as pistas do começo do filme servem justamente como um alerta para que tais elementos sejam percebidos. Ousado esse Josh Trank...
Poder Sem Limites desafia expectativas e, no caminho, prova que a fórmula batida do filme-de-origem-de-super-herói, pode também ser revista e que há muitos caminhos possíveis para o gênero, sem esquecer o mais importante deles: a profundidade emocional importa e quanto mais apego tivermos aos protagonistas mais doloroso será vê-los crescendo e enfrentando os dilemas do mundo real, deixando de ser "jackasses" para se tornar, para o bem ou para o mal, adultos.
Crítica Omelete 

O filme é muito bom, os efeitos especiais foram bem feitos e o filme tem conteúdo, mas eu achei que o fim do filme foi o mais bacana. Amei o filme ser feitos de um estilo tipo “eu vivencie isso”, com as câmeras na mão e o filme tem muitas partes engraçadas e divertidas. E eu amei o filme principalmente por que eu gosto de filmar coisas e tenho uma ligação com câmeras, menos para tirarem fotos minhas